Febre na China, microdramas com episódios de 1 minuto (na vertical) já concorrem com cinema e miram Hollywood

Especialistas apontam que vídeos de formato curto são concorrente cada vez mais forte para o setor cinematográfico chinês. 'Eles não vão mais ao cinema', ...

Febre na China, microdramas com episódios de 1 minuto (na vertical) já concorrem com cinema e miram Hollywood
Febre na China, microdramas com episódios de 1 minuto (na vertical) já concorrem com cinema e miram Hollywood (Foto: Reprodução)

Especialistas apontam que vídeos de formato curto são concorrente cada vez mais forte para o setor cinematográfico chinês. 'Eles não vão mais ao cinema', diz um ator veterano sobre o público, que descreve como trabalhadores de meia-idade e aposentados, em grande parte. O ator Zhu Jian, de 69 anos, durante gravação de um microdrama em um salão de Zhengzhou, na província de Henan, na China Tingshu Wang/Reuters Em um set de filmagem que se assemelha ao castelo medieval chinês, Zhu Jian está ocupado dando dor de cabeça à segunda maior indústria cinematográfica do mundo. O ator de 69 anos está interpretando o patriarca de uma família rica que comemora seu aniversário com um banquete luxuoso. Mas, sem o conhecimento de nenhum deles, a empregada em cena é sua neta biológica. Uma segunda reviravolta: Zhu não está filmando para as telas de cinema. “Grandma's Moon” é um microdrama, composto por episódios de um minuto, filmados na vertical, com frequentes reviravoltas na trama, criados para manter milhões de espectadores presos às telas de seus celulares - e pagando para ver mais. “Eles não vão mais ao cinema”, disse Zhu sobre seu público, que ele descreveu como sendo composto em grande parte por trabalhadores de meia-idade e aposentados. “É muito conveniente segurar um telefone celular e assistir a qualquer coisa quando quiser.” Equipe grava microdrama em um salão de Zhengzhou, na província de Henan, na China Tingshu Wang/Reuters O setor de micro dramas da China, que movimenta US$ 5 bilhões por ano, está em expansão, de acordo com entrevistas da Reuters com 10 pessoas do setor e quatro acadêmicos e analistas de mídia. De acordo com alguns especialistas, os vídeos de formato curto são um concorrente cada vez mais forte para o setor cinematográfico chinês, que só perde em tamanho para Hollywood e é dominado pela estatal China Film Group. E a tendência já está se espalhando para os Estados Unidos, em um raro exemplo de exportações culturais chinesas que encontram força no Ocidente.