Ex-companheiro é condenado a 29 anos de prisão por matar líder de movimento social em Porto Alegre
Debora Moraes, de 30 anos, morta em Porto Alegre MAB/Divulgação Felipe Fraga Faustino foi condenado a 29 anos de prisão em regime fechado por matar Débora d...

Debora Moraes, de 30 anos, morta em Porto Alegre MAB/Divulgação Felipe Fraga Faustino foi condenado a 29 anos de prisão em regime fechado por matar Débora de Moraes Lemos Alves, líder do movimento social Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), em fevereiro de 2022. (relembre o caso abaixo) A sessão, realizada no Foro Central I de Porto Alegre, durou cerca de 10 horas e contou com a participação do Conselho de Sentença, composto por seis mulheres e um homem. 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp O então réu foi condenado por homicídio qualificado, com agravantes de motivo torpe, meio cruel (asfixia), recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio. Cabe recurso da decisão. O g1 entrou em contato com a defesa de Faustino, mas não obteve um retorno até a publicação desta reportagem. Durante o julgamento, foram ouvidas cinco testemunhas de acusação, incluindo familiares da vítima, um ex-namorado e agentes da Polícia Militar e Civil. Segundo o Tribunal de Justiça do RS, a defesa abriu mão das testemunhas e passou ao interrogatório do réu. Com a condenação, Faustino permanecerá preso. LEIA TAMBÉM: Justiça retira herança de homem condenado por feminicídio da esposa no RS 19 anos da Lei Maria da Penha: em média, duas mulheres sofrem violência doméstica a cada hora no RS Neto é condenado a mais de 53 anos de pena por matar o avô e a esposa dele no RS Relembre o crime Integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens em justiça por Débora Jenifer Procópio/ MAB Débora Moraes foi morta em 12 de setembro de 2022, na residência do casal, no bairro Agronomia, Zona Leste da Capital. Segundo a denúncia do Ministério Público, o acusado enforcou a vítima com um fio ou corda, motivado pela não aceitação do fim do relacionamento de 12 anos. Inicialmente, ele teria alegado suicídio ao acionar o Samu, mas inconsistências na cena levaram os socorristas a chamar a polícia, que identificou sinais de violência. Débora, de 30 anos, era reconhecida por sua atuação comunitária e militância no MAB. Ela havia conquistado o direito ao reassentamento e deixou uma filha de sete anos na época do crime. Dias após a morte, a Polícia Civil encontrou explosivos caseiros na casa do acusado. Explosivos encontrados na casa de suspeito de feminicídio em Porto Alegre PC/Divulgação VÍDEOS: Tudo sobre o RS